quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Saudade de Trindade!


                   

Estou agora na cidade de Águas Lindas, são 22 horas e faz muito frio aqui…
Fiquei  horas e horas a fio, tentando juntar letras e letras em palavras que expressassem o que agora sinto ….
Pensei então em falar da saudade da Trindade Terra Santa; da  Trindade dos Carros de Bois; da Trindade da Matriz e da Basílica; da Trindade do 22º BPM; da Trindade do Divino Pai Eterno…
Mas que sentimento é esse que invade a alma da gente e nos deixa assim com o olhar perdido…num louco desejo de rever, de estar e permanecer com o outro?
A escritora Clarice Lispector ressume bem esse sentimento: “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
Assim me sinto agora.....! E em meio ao frio silêncio de Águas Lindas, tenho fome do silencio contemplativo do Carmelo de Trindade, onde longe do barulho ensurdecedor dos homens e do mundo, imerso no orante silencio do Jardim de Deus, silencia-se não só minha voz, mas também meu coraçao...  Saudade da minha Madrinha de Intercessão Irma Rosineli!
Saudade...
Da Trindade do Barro Preto...
Da Trindade da Vila...
Da Trindade do Beco,
Da Trindade das pessoas que acolhem, que amam......
As vezes, como agora aqui no “silêncio da noite”, me pergunto:
Entre tantas Igrejas...
Entre tantos lugares...
Entre tantos refúgios,
Em meio a outras tantas pessoas por que tanta saudade de Trindade?
Não sei ...!
Não sei....!
Sei apenas que  sinto saudade das partilhas com o Padre Marco Aurélio; das idas e vindas pela Avenida  Manoel Monteiro e Rua Irani Ferreira; saudade das pessoas que sonharam os mesmos sonhos que eu no 22º BPM;  saudade  também do amigos Cristiano, Eduardo, Paraná e Leila...
Estranho esse sentimento chamado saudade, pois se de um lado não cabe no coração e escorre pelos olhos, do outro é como uma taça aberta para o infinito... e o só o que é infinito pode preencher....
Assim, por muito amar me pego pensando nos tempos vividos na minha Trindade,  nas conversar perdidas, nos sonhos partilhados e nas amizades ali  firmadas...
Como tantos e tantos outros me juntarei a uma Legião de Romeiros, e tenho certeza, meu coração baterá mais forte na  caminhada de retorno à minha Doce Trindade, que exala o amor  do Pai Eterno,   amor esse que preencherá minha saudade!
Como já disse Mario Quintana, “o tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...” e na certeza de que guardada na minha retina estará sempre presente,  a cidade de Trindade , fecho meus olhos e  aqui sentado à mesa, contemplo a Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno, presente do Padre Robson, e ergo a minha voz desafinada pelo nó preso na garganta,  com um suave clamor:

“Vos pedimos o Pai Eterno a Vossa benção, Vossa benção e proteção!
É de todo o coração que Vos pedimos Vossa benção e proteção!”

Obrigado Trindade!

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