quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ÉTICA E PODER




                                                                       "Há nos tribunais de todo o Brasil, mofando em tranquilas prateleiras ou dormitando em gavetas providenciais e obsequiosas, processos como a Ação Penal 470, tratando de recursos não contabilizados em campanhas eleitorais. Não somos os únicos, nem os primeiros, nem os pioneiros".  (Delúbio Soares) 


                     Tentei, recorrendo à Teoria Sistêmica e usando elementos da Semiótica: signo, significante e significado; discorrer sobre o homem funcional, e sua capacidade de construir sonhos ao se inter-relacionar e se ajustar às pessoas, em busca do bem comum...



                     Com grafite e papel, busquei a essência do espírito humano, onde o pensar se concretiza em pares de oposição: a dualidade. 
                                                                Justo X Injusto
                                                                Moral X Imoral
                                                               Certo X Errado
                                                               Dever X Querer


Entretanto...
Diante das ações dos homens...
Diante das suas omissões...
Não consegui...!

                  Diante dos discursos dos Entes responsáveis pelos fenômenos que ocorrem no Sistema, questiono:
Onde estará a Ética?
Onde perdida a Moral?
Onde escondidos os Valores?



                  “Em torno de um sonho, de um projeto de poder, de uma ideia de mudar as coisas..”  associam-se homens e mitigam conceitos da moral do dever, esquecendo-se  de que suas  historias, se concretizam  pelos resultados de suas vontades. 

Máfia da Previdência...
Anões do Orçamento...
Escândalo do Mensalão...
Operação Castelo de Areia...
Operação Trem Pagador
Operação Monte Carlo....



De escândalos em escândalos...
Em “Cachoeiras e Cachoeiras” de Comissões Parlamentares...
De corrupções em corrupções...

                De centavo em centavo desviado, a milhões e milhões de reais roubados, desconstruídos são sonhos e ideais, que se perdem, e de resto, a impunidade!

Onde estará a Saúde?
Onde estará perdida a Educação?
Onde estará escondida a Segurança?



Em meio a tantos questionamentos: 
Não posso!
Não devo!
Não quero,
a exemplo de tantos outros, reservar-me no meu direito constitucional de permanecer em silencio.


                Outrora afirmei que diante do mosaico de imagens e questionamentos, espelho e reflexo do que sou, causam-me espanto e horror as injustiças, hoje refletindo sobre tudo isso, que possa o silêncio de muitos, ser quebrado pelo grito explicito de todos nós, no sufrágio universal e direto do voto!




Um comentário:

Vera Lúcia Alves Mendes Paganini disse...

Texto bem escrito e muito interessante, Coronel!!! Gosto muito de ler o que escreve! Tem um modo fluente e agradável de usar as palavras. Parabéns!!!