domingo, 22 de janeiro de 2012

MOSAICO


MOSAICO


    Tic- Tac!
                 Tic-Tac!
                              Tic...
De lá prá cá...
                      De cá prá lá...
                                           O tempo passa ante minhas omissões...

                                          Assim como o pêndulo do relógio, entre pá e redes, vislumbro manchetes de jornais e TVs: Retrato do Cotidiano:
                                             Falcatruas;
                                                Omissões;
                                                   Medo;
                                                       Exclusão social
                     Mosaico de injustiças, pintado dia a dia pela obra prima da construção social:o homem!

                              Diante desse quadro, pululam em minha mente interrogações,  que gritam por respostas...
Por que tantos semeiam e tão poucos colhem?
Por que tantos clamam que lhes ensinem o rabiscar do próprio nome e não existe eco?
            
Onde estão as vozes que gritam por Justiça?
Antigona, por Ela clamou, junto a Creonte..

Prorrompem os sofistas que a Justiça só se efetiva em sociedade, mas onde estará o “zoon politikon”?
Mais um ponto cinzento, perdido no mosaico do cotidiano!       

                  As pedras  gritarão?
Diante desse mosaico de imagens e questionamentos, espelho e reflexo do que sou, causa-me espanto e horror as injustiças que por certo hei de cometer.

De lá prá cá...
                       De cá prá lá,
                                          Segue o pêndulo  seu  interminável curso! 
                              Entre   sentimentos e lágrimas,   
                                            Resta-me apenas os gritos do meu  prório   silêncio.
                                                   O tempo passou...

                                                                              Minha letargia não!
                                       Tac!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ANGÚSTIAS DE UM CIDADÃO!




Meu mundo explodiu….. !
Eu vi!
     Ele viu!
             Tu viste??



              Sonhos dilacerados e chamuscados se espalham pelas avenidas e bares desta que pensei ser outrora minha cidade...
                      Sonhos que imaginei poderiam se tornar reais, pela ação de outros homens... 
                         Meus sonhos..!

                      Nos meus céus, agora sem vida, não se vê uma luz, uma gaivota, uma gota de esperança...
                           Esperança que se esvaiu nas mãos de homens que perderam o interesse em fazer real, os sonhos de outros homens....

                              Onde ficaram suas declarações de intenções?
                                Onde ficaram seus compromissos?
                                    Folhas secas levadas pelo vento...



                       Em mim, há somente trevas e desilusão, por saber não por entender, que meu mundo ruiu, explodiu diante de lobbys, acordos, desvios, golpes, mensalões e  maracutáias....


                           Nas ruas do meu ser trapos lixos e garrafas vazias que eu mesmo inventei e bebi, na esperança, se é que existe alguma, de aplacar a dor no meu peito...
                               Cicuta em meu sangue, de nada adiantou....
                                E hoje, mesmo sem poder, pois  a gramática não o permite....Eu expludo também!!

Meu mundo explodiu….. !!
                                     Eu vi!
                                       Ele viu!
                                         Mas Tu?? Tu não viste nada!!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

GENTE QUE PENSA E FALA!



Pedi ao amigo Sandro Ragonezi que me auxiliasse na construção de um blog, uma vez que esse é seu hobby predileto. A primeira pergunta que ele me fez foi: “Coronel, como ele vai se chamar, qual vai ser sua URL?”
Diante de tal questionamento comecei a me perguntar: Por que eu gostaria de ter um blog? Por que expor a pessoas que não conheço o que penso?
Sinceramente ainda não cheguei a uma resposta conclusiva, entretanto, diante de tantas coisas que diariamente vejo, ouço, sinto e por que não dizer, degusto. Diante do bombardeio de informações que estamos todos expostos, quer seja pelo simples contato face a face; quer seja pelos jornais, pelo rádio; pela TV; pela internet, os quais acabam por nos dizer não o que pensar, mas em que pensar, surgiu a necessidade de se dizer algo...
Diante de toda essa gama de informação que visa, sem sombra de dúvidas, influenciar o nosso modo de sentir; de pensar; de agir; de querer  e até de mudar nosso modo de lutar pela transformação da realidade que nos cerca, se faz necessário, pelo menos para mim; parafraseando aqui o Poeta Gonzaguinha, fazer ressoar o “meu grito de alerta”, como gente que pensa e fala!
É evidente que ao deixar fluir do teclado para o espaço virtual, minhas divagações sobre temas e assuntos que me inquietam, me angustiam, me alegram e me entristecem, e que por isso, me levam a contínuos questionamentos, não tenho e nem terei a menor pretensão de fazer com que, o que imagino ser as minhas verdades, se torne também verdades para os outros, pois isso seria também lugar comum.
Espero, entretanto, que possam servir quem sabe, por partilha, como subsídios para a construção daquilo que  ele possa ter como fundamento de sua fé.
Ao escrever, além de produzir comunicação com os outros, quero, sobretudo conversar comigo também, e, na reflexão daquilo que eu sou, um Policial Militar e poder   plantar menos desigualdades sociais, na esperança de não ter que colher tantos frutos de violência.
Outro dia li que não se usa velhos mapas, para se descobrir novos mundos! Sou consciente que minhas reflexões não irão resolver os problemas do mundo: fome de pão, fome de Deus, entre outros, mas com certeza poderá dirimir dúvidas e refletir um espectro mais próximo, mais real daquilo que sou daquilo, daquilo que somos e seremos pela partilha de nossos sentimentos.
De concreto, o que tenho a oferecer nesse blog é o meu pensar, que encharcado de sonhos e dúvidas, fragmenta-se em palavras, e citando Cecília Meireles, finalizo, e solicitando sua  interação no blog, peço:  “Vem reúne-me, pois em tuas mãos, pois sou como gota de mercúrio dividida, espalhada pelo chão!”.