segunda-feira, 26 de março de 2012

FANTOCHE


FANTOCHE


Não sou um poeta que busca em estrofes, rimas e versos, transformar palavras em sentimentos...

Nem tão pouco um filósofo, que embora aponte para o sair da caverna e fora dela,  encontrar a luz da razão, se perde as vezes em teorias abstratas sobre o sexo dos anjos.


Embora o exprimir a vida através do lirismo das idéias me fascine ao extremo, não sou poeta nem filósofo...


Ahhh...! Sou apenas um ser que absorto em angústias, e dúvidas e questionamentos, ousa pensar e agir e também a sonhar, livre de amarras, mas sem que não só a isso se ocupe...

Não quero ser exato, racional e lógico diante de mim mesmo e muito menos dos outros, mas não posso permanecer em estado de inércia ante as coisas que me cercam, é necessário compreender o movimento das pedras no jogo da vida, e libertar-me das amarras que me prendem como um Boneco de Fio...


Não quero ser um Fantoche Humano, quero ser apenas o Semeador de uma nova visão social e mesmo nas minhas inconstâncias, buscar entender o que move as pessoas a serem o que não são...


Buscar entender o que move as pessoas, mesmo depois de resolvido o “mito da caverna”, a se comportarem como a maioria dos que seguem, sem saber para onde vão, como simples peças num tabuleiro de xadrez...








Chega de ser Marionete!


É necessário entender que toda ação que afeta as pessoas, é uma relação de poder, capaz de construir, de exortar, de educar e edificar...

O Grande Leviatã, onde o poder é entendido como a soma dos poderes de seus súditos, onde o poder é uma espécie de corpo místico do Rei, não existe!!!


No tabuleiro da vida, não quero ser como o Rei, Infame Bobo da Corte, nem tão pouco como a Dama, Eminência Parda, que a tudo e a todos atinge com sua influência, e sim entender as relações que permeiam por todo o tabuleiro e que envolve as peças...


E no descobrir como funcionam essas relações, entendê-las como uma rede, reconhecendo os impiedosos tentáculos do Leviatã, que manipula cada um dos seus atores em seus papéis:


Quem são os Peões que mesmos dispostos a se sacrificarem a qualquer momento e serem descartados, podem ser coroados ao final do jogo?


Quem são os Bispos que andando pelas transversais da vida, nunca se mostram de frente, e se vendem por trinta moedas?


Quem são os Cavalos que não se importando com quem esteja à frente, passam por cima e destroem sonhos?


Quem são as Torres, que inicialmente pouco podem fazer, mas que ao final possuem importante valor tático e como uma coluna de blindados, podem arrasar corações?


Basta de ser usado como Fantoche...


Quero ser Livre, e parafraseando Fernão Capelo Gaivota, voar alto atrás das ilusões perdidas de homens sofridos que perderam a capacidade de amar...


Sem fios...
               Sem amarras...
Sem manipulações...!

2 comentários:

Walter Luiz disse...

Parabéns pelo Blog Coronel Sou Walter Luiz Ferreira, também @tekoferreira que segue o senhor. Sou 1º Ten RR da BM/RS Um abraço! Meu blog é este abaixo. Se quiser visitá-lo, será bem vindo.
http://kivisao.blogspot.com.br/

Dakson disse...

Parabéns, Cel Alves! Sensibilidade com as palavras, ousadia como enxadrista, determinação e clareza como comandante.