FANTOCHE
Não sou um poeta que busca em estrofes, rimas e versos, transformar
palavras em sentimentos...
Nem tão pouco um filósofo, que embora aponte para o sair da caverna e
fora dela, encontrar a luz da razão, se
perde as vezes em teorias abstratas sobre o sexo dos anjos.
Embora o exprimir a vida através do lirismo das idéias me fascine ao
extremo, não sou poeta nem filósofo...
Ahhh...! Sou apenas um ser que absorto em angústias, e dúvidas e
questionamentos, ousa pensar e agir e também a sonhar, livre de amarras, mas sem
que não só a isso se ocupe...
Não quero ser exato, racional e lógico diante de mim mesmo e muito
menos dos outros, mas não posso permanecer em estado de inércia ante as coisas
que me cercam, é necessário compreender o movimento das pedras no jogo da vida,
e libertar-me das amarras que me prendem como um Boneco de Fio...
Não quero ser um Fantoche Humano, quero ser apenas o Semeador de uma nova
visão social e mesmo nas minhas inconstâncias, buscar entender o que move as
pessoas a serem o que não são...
Buscar entender o que move as pessoas, mesmo depois de resolvido o “mito
da caverna”, a se comportarem como a maioria dos que seguem, sem saber para
onde vão, como simples peças num tabuleiro de xadrez...
É necessário entender que toda ação que afeta as pessoas, é uma relação
de poder, capaz de construir, de exortar, de educar e edificar...
O Grande Leviatã, onde o poder é entendido como a soma dos poderes de seus
súditos, onde o poder é uma espécie de corpo místico do Rei, não existe!!!
No tabuleiro da vida, não quero ser como o Rei, Infame Bobo da Corte,
nem tão pouco como a Dama, Eminência Parda, que a tudo e a todos atinge com sua
influência, e sim entender as relações que permeiam por todo o tabuleiro e que
envolve as peças...
E no descobrir como funcionam essas relações, entendê-las como uma rede,
reconhecendo os impiedosos tentáculos do Leviatã, que manipula cada um dos seus
atores em seus papéis:
Quem são os Peões que mesmos dispostos a se sacrificarem a qualquer
momento e serem descartados, podem ser coroados ao final do jogo?
Quem são os Bispos que andando pelas transversais da vida, nunca se
mostram de frente, e se vendem por trinta moedas?
Quem são os Cavalos que não se importando com quem esteja à frente, passam
por cima e destroem sonhos?
Quem são as Torres, que inicialmente pouco podem fazer, mas que ao
final possuem importante valor tático e como uma coluna de blindados, podem
arrasar corações?
Basta de ser usado como Fantoche...
Quero ser Livre, e parafraseando Fernão Capelo Gaivota, voar alto atrás
das ilusões perdidas de homens sofridos que perderam a capacidade de amar...
Sem fios...
Sem amarras...
Sem manipulações...!
2 comentários:
Parabéns pelo Blog Coronel Sou Walter Luiz Ferreira, também @tekoferreira que segue o senhor. Sou 1º Ten RR da BM/RS Um abraço! Meu blog é este abaixo. Se quiser visitá-lo, será bem vindo.
http://kivisao.blogspot.com.br/
Parabéns, Cel Alves! Sensibilidade com as palavras, ousadia como enxadrista, determinação e clareza como comandante.
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